Gandhi

Neste sábado assisti ao filme de Gandhi. Além de ser muito bem produzido, relata com fidelidade a história da vida de Mahatma Gandhi, considerado o principal líder da luta pela independência da Índia, após décadas de dominação do imperialismo inglês. Pode-se ver durante o filme, a situação de pobreza e exploração do povo indiano e momentos marcantes e emocionantes de sua luta e organização, como o terrível massacre em Amristar, onde os ingleses atingiram 15 mil homens, mulheres e crianças desarmadas e a dramática marcha até o mar na qual Gandhi liderou milhares de seus conterrâneos indianos a provar que o sal marinho pertencia a todos e não era apenas uma mercadoria britânica.

Podemos observar as atitudes de Gandhi como um excelente exemplo de aplicação do ahimsá (não agressão), primeira norma ética do Yôga. A desobediência civil, fundamentada no princípio da ação não violenta, considerada por ele como a maior força a ser empregada na defesa dos direitos das pessoas.

Gandhi consegue vencer uma guerra sem agredir ninguém, e quando descobre que alguns dos indianos começam a responder com violência, inicia um jejum prolongado como protesto, até que consegue novamente o fim total de conflitos em todas as partes do mundo. Pelo menos por enquanto... Foi durante a luta pela independência que surgiu a divisão político-religiosa entre hindus e muçulmanos, que culminou com a divisão da região, originando dois países, a Índia e o Paquistão.

O filme nos deixa claro que o sistema é falho e a justiça através das leis humanas não funcionam em lugar nenhum no mundo. Já vimos várias vezes até nos dias de hoje assassinos serem libertados com "direitos" que lhes favorecem e um homem que dedicou a vida por uma causa nobre ser preso tantas vezes... Pode ser que um dia muito distante do agora a humanidade evolua além da sua ignorância limitada... ou não!

Lerivan Ribeiro